Luigi Moretti

Categoria: Bibliotecas

  • Como Dominar Loaders no Remix.run: Guia Prático

    Entenda como funcionam os Loaders no Remix.run e aprenda a usá-los com eficiência para criar aplicações mais rápidas, organizadas e escaláveis.

    servidores
    Foto de Taylor Vick na Unsplash

    Introdução

    Se você está começando com Remix.run ou mesmo se já tem experiência com React, provavelmente já se perguntou: “Como devo carregar os dados corretamente nesse framework?”

    O Remix traz um modelo novo, baseado em servidores, que pode parecer estranho à primeira vista, mas traz inúmeros benefícios de performance e organização. Neste artigo, vamos desmistificar os Loaders, mostrar como usá-los de forma prática e evitar os erros mais comuns.

    Vamos nessa?

    O que são Loaders no Remix?

    Loaders são funções que o Remix executa no servidor antes de renderizar uma rota. Eles servem para buscar e preparar os dados necessários para que a página já seja entregue com tudo pronto para ser exibido ao usuário.

    Isso é diferente da abordagem tradicional em React (SPA), onde os dados são carregados no useEffect, após o componente já ter sido montado no cliente.

    Benefícios dos Loaders

    • Menos carregamento visual (nada de “loading spinners” desnecessários).
    • Melhor performance percebida.
    • Suporte nativo a cache e headers HTTP.
    • Melhor para SEO e acessibilidade.

    Criando seu primeiro Loader

    Vamos ver um exemplo básico de como usar um Loader em uma rota no Remix:

    📁 routes/posts.tsx

    import { json, LoaderFunction } from "@remix-run/node";
    import { useLoaderData } from "@remix-run/react";
    import { getPosts } from "~/services/posts.server";
    
    export const loader: LoaderFunction = async () => {
      const posts = await getPosts();
      return json({ posts });
    };
    
    export default function PostsPage() {
      const { posts } = useLoaderData<typeof loader>();
    
      return (
        <div>
          <h1>Posts</h1>
          <ul>
            {posts.map(post => (
              <li key={post.id}>{post.title}</li>
            ))}
          </ul>
        </div>
      );
    }

    💡 Dica: Sempre use json() para retornar dados no Loader. Assim o Remix cuida da serialização correta.

    Boas práticas com Loaders

    Deixe o Loader fazer o trabalho pesado

    Não coloque lógica de dados nos componentes — jogue essa responsabilidade para o Loader. Isso deixa seu componente mais limpo e mais fácil de testar.

    Lide com erros diretamente no Loader

    Você pode lançar erros personalizados e tratá-los com boundaries:

    export const loader: LoaderFunction = async () => {
      const data = await fetchData();
      if (!data) {
        throw new Response("Not Found", { status: 404 });
      }
      return json(data);
    };

    Use cabeçalhos HTTP de forma estratégica

    Você pode retornar cabeçalhos para controle de cache, cookies e mais:

    return json(data, {
      headers: {
        "Cache-Control": "max-age=60, stale-while-revalidate=30",
      },
    });

    Combine Loaders com Actions

    Lembre-se: Loaders são para leitura de dados, enquanto Actions são para escrita (formulários, mutações, etc). Essa separação de responsabilidades torna sua aplicação muito mais previsível e segura.

    Erros comuns ao usar Loaders

    • Tentar usar useState + useEffect para buscar dados que já deveriam vir do servidor.
    • Esquecer de tratar estados de erro ou dados ausentes.
    • Repetir a lógica de Loader em múltiplos lugares sem abstração.

    Conclusão

    Dominar os Loaders no Remix é essencial para tirar o máximo proveito do framework. Eles mudam a forma como você pensa sobre carregamento de dados, mas entregam performance, organização e simplicidade como poucos frameworks conseguem.

    Agora que você viu como eles funcionam, é hora de aplicá-los no seu projeto!

    Você já está usando Loaders? Ficou com alguma dúvida?
    Comenta aqui e vamos trocar experiências!


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    Referências

  • O que é Remix.run e por que você deveria usar

    Descubra como o Remix.run pode revolucionar a forma como você desenvolve aplicações web modernas, combinando performance extrema com simplicidade no fluxo de dados.

    Trecho de código React.Js

    Foto de Ferenc Almasi na Unsplash

    No mundo do desenvolvimento web, estamos sempre buscando ferramentas que nos ajudem a criar aplicações mais rápidas, robustas e fáceis de manter.

    Com tantos frameworks surgindo, pode ser difícil escolher aquele que realmente faz diferença no dia a dia.

    É exatamente aí que o Remix.run entra em cena.

    Mas afinal, o que faz o Remix ser tão especial? E por que ele pode ser a escolha certa para o seu próximo projeto?

    Vamos descobrir juntos neste artigo!

    O que é o Remix.run?

    O Remix é um framework full-stack para React criado pelos engenheiros Ryan Florence e Michael Jackson (sim, os mesmos criadores do React Router). Ele foi projetado para tirar o máximo de proveito da Web moderna, priorizando performance, controle de cache, carregamento progressivo de dados e uma abordagem de “servidor primeiro”.

    Em vez de depender exclusivamente do JavaScript do lado do cliente para tudo, o Remix utiliza o servidor de forma inteligente para pré-carregar dados, renderizar páginas rapidamente e gerenciar estados críticos.

    Em resumo: O Remix é sobre construir aplicações mais rápidas, acessíveis e confiáveis com menos complexidade.

    Por que você deveria considerar usar o Remix?

    Carregamento de Dados Inteligente

    No Remix, o carregamento de dados acontece fora dos componentes React, através dos chamados Loaders.

    Isso significa que:

    • A página pode começar a renderizar enquanto os dados estão chegando.
    • O navegador pode aproveitar HTTP caching nativo.
    • Você evita sobrecarregar o cliente com estados e efeitos desnecessários.

    Dica: Com Loaders, você trabalha de forma mais declarativa e seu app responde melhor, mesmo em redes lentas.

    Performance Real como Prioridade

    O Remix respeita o que a Web já oferece de melhor:

    • Streaming de respostas (não precisa esperar o app todo ficar pronto para renderizar).
    • Pré-fetching automático de rotas e dados que o usuário provavelmente vai acessar.
    • Cache controlado no servidor de forma granular.

    Tudo isso ajuda a atingir métricas de performance como First Contentful Paint (FCP) e Largest Contentful Paint (LCP) com resultados incríveis.

    Melhor SEO “de graça”

    Como o Remix renderiza tudo no servidor por padrão (SSR – Server Side Rendering), suas páginas já nascem prontas para serem indexadas pelo Google.

    Diferente de SPAs tradicionais que precisam de um extra (SSR, SSG, hidratação pesada), o Remix entrega HTML legível desde a primeira resposta.

    Controle total sem perder produtividade

    Ao contrário de frameworks que impõem estruturas rígidas, o Remix:

    • Dá liberdade para escolher seu backend (Express, Fastify, etc.).
    • Funciona perfeitamente em ambientes serverless como Vercel e AWS Lambda.
    • Permite granularidade no uso de cache, headers, cookies e autenticação.

    Se você quer escalar sua aplicação do simples ao complexo sem reescrever tudo depois, o Remix é uma excelente aposta.

    Mutação de Dados Simplificada com Actions

    Assim como os Loaders cuidam do carregamento de dados, as Actions no Remix simplificam a manipulação e a mutação de dados no servidor. Ao utilizar formulários HTML nativos (com o poder do JavaScript progressivo do Remix), as Actions permitem que você envie dados para o servidor e lide com as respostas (redirecionamentos, erros, atualizações) de forma declarativa, sem a necessidade de escrever manualmente chamadas de API complexas e gerenciar estados de “carregamento” e “erro” no cliente.

    Imagine a simplicidade de um formulário HTML tradicional, mas com a inteligência do JavaScript para atualizações instantâneas!

    Boas práticas ao trabalhar com Remix

    • Use Loaders e Actions sempre que possível em vez de usar apenas estados locais.
    • Respeite o ciclo de dados do Remix: carregue no servidor o que puder, envie para o cliente apenas o necessário.
    • Otimize seus cabeçalhos HTTP (como Cache-Control) diretamente nos Loaders.
    • Prefira formulários nativos: o Remix lida automaticamente com navegação e submissão de dados de maneira progressiva.
    • Explore os recursos de useFetcher: Para operações de mutação de dados ou recarregamento fora do contexto de um formulário, o useFetcher oferece um controle granular sobre o processo.
    • Aproveite o poder dos ErrorBoundary: O Remix facilita o tratamento de erros tanto no frontend quanto no backend, permitindo que você crie interfaces de usuário robustas e resilientes.
    • Considere a estratégia de cache com cuidado: Entenda como o Cache-Control e outras diretivas HTTP podem otimizar a performance da sua aplicação e reduzir a carga no servidor.
    • Explore o conceito de “Nested Routes”: O sistema de roteamento aninhado do Remix não apenas organiza sua aplicação, mas também influencia diretamente o carregamento de dados e a renderização, permitindo layouts complexos com carregamento paralelo de dados.

    Conclusão

    O Remix.run não é apenas “mais um framework para React”.
    Ele representa uma evolução real na forma como pensamos o desenvolvimento web moderno: priorizando performance, acessibilidade e simplicidade.

    Se você está cansado de SPAs lentas, de complexidade crescente e quer construir aplicações robustas desde o primeiro commit, o Remix pode ser o framework que faltava na sua stack.


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    Referências